quarta-feira, 29 de setembro de 2010


Quem me dera voltar atrás, voltar a ser criança. Voltar a sentir a doce liberdade na ponta dos pés prolongada até à mais ínfima ponta de cabelo. Voltar a correr sem medir distâncias e sentir uma frescura na cara sem saber o que é. Voltar a agir sem pensar nem sentir na pele as consequências antecipadas. Voltar atrás e puder novamente ser criança e desfrutar de todas as aventuras já desfrutadas. Sentir sempre uma necessidade de estar em interacção com o que me envolve, sentir uma necessidade imensa de sorrir só porque me apetece, contagiando todos os que me rodeiam. Voltar atrás, ao tempo dos porquês, da inocência. Voltar atrás, onde tudo era tão simples e onde uma pequena coisa podia significar tudo ou nada, onde tudo parecia tão estranho e mesmo assim tão aconchegante.
Voltar atrás...
Voltar a ser a criança que era...
Ou... Ser capaz de ser novamente a criança que era...


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